Dedicado á: Paulo Henrique de Oliveira Silva

Transparencia


[...]Se danço, se pulo, se mexo
Ainda assim não me verá
Se canto, se choro, se falo
Ainda assim não me ouvirá
Verás minhas arteiras e meu sangue jorrar
Pena que ali vida não enxergará

E agora também entendo
Pois através de mim passam teus julgamentos
Teu acerto ou tua falha
O meu crime e teu erro
Não creio que tenha me visto antes de errar
Então a culpa foste minha de não fazer me enxergar

Amigo, verás meu corpo e minha alma, mas nunca me verás
Pois sou uma e sou várias, sou várias em apenas uma.
Me decepcionas-te por se enganar
Pois nunca imaginaria que faria isto comigo
Tal atitude não lhe pertence!

Se balanço, se bato, se abraço
Ainda assim não me verás
Se grito, se berro, se resmungo
Ainda assim não me ouvirás
Verás meu coração despojado
Pena que a ele nunca entenderas

E agora nasceu minha primeira mágoa,
Só não acreditaria foste logo por tu
Meu irmão meu amigo,
Não vês e passa por mim,
Essa atitude a ti não pertence


Uma menina uma criança tão frágil é o que sou
Espero lhe salvar através de uma conversa
Só espero que me ousa e me veja.
Veja algo além de minha transparência [...]

By melrym